Carne má.
Rasgue assim o sabor e o saber de tudo à nossa volta
Despeje em mim,
Rasgue a minha consciência
E me molhe com todo o teor da desventura
(dela, e só dela...)
Que me salga, me mata...
Vem em mim desde germe, rastejante verme,
O sabor inconfundível da maledicência
Do escárnio.
Gozo e chamo, suplico...
Bato e xingo (acaricio a alma, tua alma!)
E no sabor da tua boca, o teor da minha eterna ira.
Veja nos meus olhos, olhos no éter.
Sinta a textura dos meus órgãos
Sinta em mim todo o mal
De todo e tudo
Sinta e estremeça, ó mortal,
A carne eterna
A carne imutável
Sinta a carne.
1 Comments:
A eterna luta do sim contra o mal...
http://moacircaetano.blog.uol.com.br
Postar um comentário
<< Home