terça-feira, novembro 08, 2016

A exata dose do máximo

Unicórnios anis com detalhes grená passeiam pelo seu corpo
Vindo das costas, galopando seios e sumindo entre cabelos
No ouvido, pulsos, batidas
Cheiro de gardênia ou própolis forçando a visão
E no meio de tudo isso, dois.

O céu fica oscilando entre o claro e o rosa
A cama não mexe, não ruída, flutua
E nossos corpos, pulsantes, se aproximam e se repelem
Várias e infindáveis vezes
Variando mãos apoiadas e músculos retesos

Procuro marcas de seus dentes na pele
Vejo, sinto, busco, devaneio
A língua cura a cada busca pelo prazer
E a mente que distorce a realidade
Faz, enfim, congelar o tempo

A máxima dose de tudo somos nós
Em tudo, o exagero do controle
Pele limpa, corpos protegidos do vento
Mas refastelo nos seus pelos
Brincando e brigando pelo meu espaço