sexta-feira, abril 26, 2019
Já é tarde da noite
O pequeno faixo de luz parte da minha mão
e me cobre os olhos
Fazendo o sono sumir
Faz tempo que estou aguardando
Lembro de ter levantado da queda
Corrido o mundo
Mas nada mudou
Penso em coisas estranhas
Lembro de cenas patéticas
Percorro lembranças e traumas
E as coisas continuam como você deixou
Já é tarde, quase amanheceu
Reviro-me amargurado
As estranhas do quarto ao lado enfim dormiram
e o apartamento finalmente se enche de silêncio
Faz tempo que percorro os erros do passado
Faz horas que tento entender toda a situação
Vejo hoje que os erros são mútuos
Que o perdão, em si, nada mais é do que um indiferente adeus
De duas pessoas que nunca mais se encontrarão nesta vida.
Amanhã tem festa aqui em casa
Você vai chamar alguém?