terça-feira, fevereiro 22, 2005

A corda e o carrasco.

Subitamente, acorda para o mundo
O carrasco e a corda
Ambos a observar, atônitos,
Os olhos daqueles que os observam.

Acorda...

Acorda, triste homem
Acorda para o que virá
Sinta o arranhar dos fios em volta da sua pele
Eleve um pensamento aos céus

Trágico é o início da espiritualidade
Trágico a ovacionação das pobres almas perdidas
Que gritam, sem saber
Que o próximo naco de carne a secar sob o escaldante rei dos céus
Virá inevitavelmente de sua própria prole.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Não há como não saber...
Sim, eles sabem...
Mas o espaço de uma vida é muito para se pensar!

Só importa agora
o cheiro de sangue e de vongança...

1:03 PM  
Anonymous Anônimo said...

Os vilões sempre me exercem um fascínio, mas um vilão cativante a corda ávida de mais uma vítima me deixou excitado, mas ao ver que ela persegue gerações fiquei pensativo e discordante dela.
Como é ruim impedir a continuidade de uma raça, como é ruim fazer uma única coisa em sua existência que traz dor.
Abraço.
Júnio - http://nocongelador.weblogger.com.br

2:59 PM  
Anonymous Anônimo said...

A corda, a corda que enforca, a corda que mata, a corda que pune, a corda que redime, a corda que chora... a corda que destrói em nome da justiça.

Ótimo texto!

4:35 PM  

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